Capítulo Único
mordeu o lábio inferior enquanto olhava de um lado ao outro, passou sorrateiramente por detrás dos arbustos que haviam no jardim de sua casa e encostou-se em uma árvore. Ouviu os latidos do cachorro do vizinho e galhos estalando sobre pés calçados, prendeu a respiração e depois a soltou devagarzinho ao constatar que o segurança não estava mais por perto. Sorriu e voltou a morder o lábio enquanto passava por detrás das roseiras, avistou o muro e quando chegou perto dele, olhou para trás, os seguranças estavam longe como ela sabia que eles estariam, por isso colocou o pé direito em um pequeno vão que estava ali e levou suas mãos ao concreto tomando cuidado para não machucá-las, tomou impulso e colocou o pé esquerdo em outro vão. Alcançou o topo do muro com facilidade e pulou rapidamente para o outro lado caindo com graciosidade na grama. Teria que agradecer a mãe por obrigá-la a fazer balé por tanto tempo, aquilo pelo menos serviu para alguma coisa. A menina olhou para o fim da rua e sorriu ao ver o tão conhecido impala 67 preto, enfiou as mãos dentro do moletom para se proteger do frio e correu em direção ao carro.
Aquilo era rotina para , ela tinha 18 anos e nenhum direito sobre sua vida, se sentia constantemente uma marionete, não tinha voz no meio de sua família " criamos você para andar conforme as regras", " você não pode fazer faculdade de jornalismo porque sua profissão vai ser cuidar do lar", " seja menos como você e mais como sua irmã", " você foi criada por robôs e nos ajudará a dominar o mundo" blá blá blá. Ela estava exausta de tudo aquilo, aguentou aquela família louca tempo demais, seus 18 anos deveriam servir para alguma coisa não é? Abriu a porta do impala e sorriu para o homem ao volante. Céus, ele era tão lindo mais tão lindo, que aquilo deveria ser crime, ele devia pegar prisão perpétua por arrancar a sanidade das pessoas com aquela beleza toda. A garota perguntava todos os dias ao papai do céu o que ela havia feito de tão bom para ter aquele homem, alias, ela não sabia o que havia visto nela, ela se achava tão sem graça, não via nada demais em seus cabelos negros e seus olhos castanho avermelhado, se sentia uma mosca varejeira ao lado dele, era como se ele fosse o lindo, popular e arrasador de corações da escola e ela a nerd insignificante, essa combinação poderia ate dar certo em filmes ou histórias, mas na vida real, não mesmo.
- Hey minha linda - Ele sorriu e fez de tudo para conter um suspiro abobalhado.
- Hey.
- Eu estava com saudade.
- E eu não preciso nem falar, minhas dez mensagens por hora falam por eu - O homem riu - Me desculpa por isso, é só que, eu gosto de falar com você.
- Você não tem que se desculpar por nada, a melhor parte do meu dia é a hora que leio suas mensagens. Agora vem cá para eu matar um pouco dessa saudade - levou a mão ate a nuca da garota e trouxe seu rosto para perto do seu, roçou seus lábios aos dela sentindo o cheiro do hálito doce de e finalmente a beijou inundando-se naquela boca que tanto o tentava. Suas línguas se acariciavam e suas salivas se misturavam da forma que eles mais gostam. A menina levou sua mão ate o rosto dele sentindo sua barba por fazer pinicar seus dedos e acariciou a área ate o beijo acabar.
- Eu já disse o quanto amo essa boca? Eu sou louco por ela, louco - Ele sussurrou ainda com sua boca na dela e sentiu suas bochechas pinicarem. Ela nunca se acostumaria com aquilo.
- Para onde vamos?
- O Edu está dando uma festa, fiquei de passar lá - Ela assentiu tentando esconder seu desanimo, a garota queria ficar sozinha com e não em um ambiente com barulho ensurdecedor e uma penca de gente bêbada.
dirigia seu carro pelas ruas desertas da cidade enquanto o ambiente era preenchido por capital inicial. observava a paisagem enquanto se satisfazia com o clima, ela amava andar de carro há noite enquanto ouvia música, era a única hora do dia que ela se sentia livre, que ela poderia ser o que quisesse sem incomodar ninguém.
O carro preto foi estacionado no final da rua junto de outros carros enquanto a música vinda da casa da frente entrava noite adentro. notou que dessa vez havia menos pessoas que da última vez que esteve ali e agradeceu mentalmente por isso. Subiu os poucos degraus tento sua mão firmemente entrelaçada na de e entrou na casa. recebeu diversos cumprimentos e logo estava com uma lata de cerveja na mão, não bebia e por conta disso se sentia ainda mais deslocada.
- Olha se não é minha irmãzinha preferida - Ela sorriu para Edu e o homem a abraçou forte lhe entregando uma lata de coca-cola, ele sempre tinha coca-cola para ela - Como vai?
- Bem, e você?
- Ótimo.
- Claro, você está no seu habitat natural.
- Quando eu estiver com uma loira e uma morena em cada braço, não precisarei de mais nada.
- Você não tem jeito mesmo.
gargalhou de algo que algum dos seus amigos disse e passou a mão pelos cabelos. Ele estava com um dos braços firmemente ao redor de , volta e meia olhava para a garota e sorria, mas logo voltava para sua conversa. Ela percebia mulheres olhando para , algumas sorriam insinuantes, outras tentavam chamar sua atenção de alguma forma, era como se nem existisse e ela não podia competir com aquelas mulheres, elas eram bonitas, pareciam ter experiência e eram da idade de , era só uma menininha do lado delas.
- Hey - A garota olhou para e sorriu fraco - Tudo bem? - Ela assentiu - Vamos lá fora um pouco? - Ela voltou a assentir e ele a conduziu para fora. Os dois sentaram-se na calçada de frente para a casa e a abraçou depositando um beijo demorado em sua têmpora - Tudo bem mesmo?
- Tudo sim.
- Já recebeu o resultado da prova?
- Ainda não - Ela suspirou - Não sei se estou mais nervosa com isso, ou para falar com meus pais, prevejo a revolução do século.
- Já conversamos sobre isso.
- Mas você sabe que meu pai vai atrás de mim, não sabe?
- Ele nem me conhece, não vai fazer a menor ideia de onde você estará.
- As vezes essa sua positividade toda me deixa irritada.
- E essa sua negatividade me tira do serio.
- Eu vivi tanto com ela que agora é difícil de desapegar, não consigo parar de pensar na reação da minha família, eu nunca fui contra eles, meu pai com certeza vai me deserdar - Suspirou.
- Nós viveremos de amor - olhou para e gargalhou.
- E como sustentaremos nossos seis filhos?
- Certo, antes de vivermos de amor, trabalharemos, compraremos uma fazenda e plantaremos e criaremos de tudo lá.
- Ai essa sua positividade - A garota lhe deu um selinho estalado.
- Podemos viver da minha positividade também, quando não tivermos dinheiro para comprar roupas, transformarem os sacos de batatas em vestimentas, tenho certeza que daqui há alguns anos essa será a última moda - voltou a gargalhar sonoramente, depois se deparou com os olhos brilhantes de - Seu sorriso é o mais maravilhoso que já vi - Ela mordeu o lábio.
- Você tem que parar de me dizer essas coisas.
- E perder suas bochechas enrubescendo? Nunca! - Acariciou os cabelos dela - Vamos para outro lugar?
- Vamos.
sorriu com o cheiro da maresia e o barulho das ondas, observou através da janela do carro o vasto mar envolto na escuridão, as ondas lambiam a areia e batiam contra os rochedos. parou o carro e saiu do mesmo sendo seguido por , ele a abraçou apertado por trás e depositou um beijo em sua nuca, então andou com ela em direção a areia sentando-se e puxando a garota para seu colo. Ela encostou a cabeça no ombro do homem e fechou os olhos suspirando profundamente.
- Eu amo você - Ele sussurrou no ouvido dela e o coração da menina encheu-se de alegria. Ela o olhou ternamente e acariciou os cabelos macios de .
- Sabe que eu não sei o porquê.
- De eu amar você? – Ela assentiu - Você está brincando, não é?
- Eu só não entendo...
- Quando eu vi você pela primeira vez foi como se eu estivesse andando esse tempo todo sem rumo, foi como se minha vida não tivesse passado o tempo todo de uma grande merda. Você estava naquela festa, no cantinho, isolada de todos como se não pertencesse àquele ambiente, tomava coca-cola distraidamente e parecia não ver a hora de sair dali. Eu olhei para você como se um holofote estivesse te iluminando, tão linda naquele vestido branco tomara que caia e cabelos cheios, parecia o anjo mais perfeito que poderia existir e quando você sorriu de alguma idiotice que estava acontecendo, eu levantei a cabeça e agradeci á Deus por ter colocado aquele anjo no meu caminho e decidi que eu precisava ter aquele anjo custasse o que custasse - Acariciou o lábio inferior da menina - Quando fui falar com você, achei que você não iria me dar a menor bola, mas você resolveu agraciar esse reles mortal com sua doce voz - riu envergonhada - Eu me encantei tanto por você que ai da pessoa que tentasse chegar perto.
- Você só me deixou ir embora depois de eu ter passado meu telefone.
- Claro, eu não sou besta nem nada - Ela riu e depositou um beijo na testa dele.
- Eu me fiz um pouquinho de difícil, mas eu pretendia te dar meu telefone desde o momento que você disse "oi", eu me sentia uma abobalhada.
- Claro, eu sou irresistível.
- Eu poderia te bater e chamar de metido, mas você tem toda razão - Disse com os olhos semicerrados - Você não se importou nem um pouquinho com a minha idade?
- Fiquei levemente preocupado, achei que você tinha 15, mas 17 estava de boa, apesar dos meus 24 na época.
- Eu achei que você era muito areia para o meu pobre caminhãozinho - gargalhou jogando a cabeça para trás - É serio, eu me senti patética falando com você, achei que você apagaria meu telefone e fingiria que nunca me conheceu, até parece que um homem mais velho e bonito daquele jeito estaria interessado na menininha que não pertencia ao ambiente.
- Nem se eu estivesse louco eu faria isso - Ele lhe deu um selinho - Você é tão linda e é tão doce e eu amo ser seu professor na cama - Falou rapidamente ganhando uma expressão indignada, bochechas vermelhas e um tapa no braço.
- !
- O que amor? - Voltou a lhe dar um selinho enquanto ria - Eu adoro ser seu professor na cama.
- Ah meu Deus! - escondeu o rosto no pescoço do homem e o ouviu gargalhar.
- , essa posição não vai machucar? Não linda, fica tranquila. Mas e se der câimbras? Eu faço massagem. Mas não vai quebrar o clima? A gente cola ele. , tem certeza que eu posso colocar a boca ai? Claro meu bem. Você lavou isso não lavou? Com sabão e água. E se o gosto for ruim? Depois você chupa uma bala.
- PARA ! - O homem gargalhou escandalosamente enquanto tentava desviar dos tapas da menina.
- Você sabe que eu amo sua inocência.
- E quando eu não for mais inocente?
- Ai eu vou amar a sua safadeza – O homem afastou os cabelos de e depositou um beijo molhado em sua nuca - Vou amar o que você vai saber fazer com a sua boca, com as suas mãos - Beijou seu pescoço, sua garganta e seu maxilar enquanto tinha os olhos fechados e já respirava com certa dificuldade - Você não o deixa tocar assim, não é? Você não deixa aquele mauricinho de merda de ter assim, não é?
- Não - Ela sussurrou com a voz falha enquanto sentia a mão do homem apalpando a parte interna de sua coxa.
- Só eu posso tocá-la assim , só eu. Você é minha, cada parte sua me pertence - Ele mordeu o lóbulo da orelha da menina e apertou a virilha dela fazendo com que ela instintivamente abrisse as pernas - Eu amo você e quero você para sempre - Ela gemeu quando ele tocou a área que ela mais ansiava.
mais sentiu do que viu quando ergueu-se com ela nos braços e a levou ate o carro colocando-a no banco traseiro, ele fechou a porta e deitou-se em cima dela. A menina já sentia arrepios passando por todo seu corpo, seu coração batia acelerado e ela ansiava mais que tudo o toque de no meio de suas pernas. No entanto o homem gostava de atiçá-la, gostava de levá-la a beira da loucura, gostava que ela implorasse como se sua vida dependesse disso. Ele tirou a blusa de frio que ela usava juntamente com a camiseta e contemplou seus seios médios moldados lindamente pelo sutiã vinho, mordiscou a pele disponível de seus seios e ela arfou. O homem ergueu uma de suas pernas e subiu a saia que ela vestia tendo agora como empecilho apenas a meia calça dela e sua calcinha. Deitou-se no meio de suas pernas e esfregou suas intimidades. gemeu manhosa e sussurrou seu nome enlouquecendo-o de vez. O homem rapidamente tirou as botas que ela calçava e seus conturnos não preocupando-se nenhum pouco com o rumo que eles tomariam. Arrancou sua jaqueta e sua camiseta permanecendo apenas com a calça, só que aberta. Puxou a saia de e tirou sua meia calça com cuidado admirando centímetro por centímetro cada pedaço de pele descoberta. Após tirar toda a roupa dela, observou sua garota de lingerie, sua barriga lisa, suas pernas, seus seios, seus braços... ele com certeza era o maior bastardo filho da puta sortudo do mundo inteiro! Sentiu arfar quando abriu suas pernas e deitou no meio delas, a menina começou a puxar a calça dele e não sossegou ate tê-la fora do caminho. Agora sim ela poderia ser feliz, bem, quase, ainda tinha a boxer, aquela boxer maravilhosa que moldava de forma quase imoral sua parte traseira e outra parte que lhe arrancava muitos gritos e sensações esplêndidas.
- Você é muito, muito gostosa - Apertou a coxa da garota com afinco - Porra, como você é gostosa! - Ele abriu o sutiã de e contemplou seus seios sentindo sua boca salivar como sempre. Merda! Ele venerava aquela garota.
tirou a única peça que restava no corpo de e rapidamente tirou sua boxer, deitou em cima dela não contendo um gemido ao toque de seus corpos. Beijou a garota ternamente e a olhou com carinho.
- Eu amo você - Ela sorriu enquanto prendia as pernas nos quadris dele e acariciava suas costas.
- Eu também amo você, mais que tudo - Ele olhou nos olhos dela tendo certeza que por ali iria encontrar toda a verdade do mundo e sorriu tomando-a com todo seu amor.
estava meio que deitado no banco de trás, suas costas estavam apoiadas na porta do carro e estava entre suas pernas. Uma manta que o homem sempre deixava no carro cobria seus corpos nus enquanto eles observavam o nascer do sol. adorava aquele momento, está ali era o que ela mais queria, ela não precisava de mais nada para ser feliz. A menina começou a pensar em sua vida, na falta de amor que seus pais sempre tiveram com ela e com suas irmãs, as quatro foram criadas por babás, Louise já era casada, tinha 21 anos e já estava em seu terceiro filho, não queria de forma alguma aquela vida, o casamento de Louise era a copia fiel do casamento de seus pais, ela não estava nem ai para os filhos e passava o dia gastando enquanto seu marido praticamente vivia na empresa do pai das meninas. Louise nunca se deu bem com , Emily ou Laura, mas essas três ultimas sempre foram unha e carne. Emily tinha 16 anos e apesar de ser meio maluquinha era uma excelente irmã, na frente dos pais era a filha prodígio, mas por trás era o terror de outros pais. Laura tinha 9 anos e era um doce de menina, tão apegada a que ela se sentia como mãe e a garota já sofria por saber que terá que ficar longe da irmã.
tinha uma rotina estabelecida, depois da meia noite Emily entrava em seu quarto e ficava ali enquanto saia pela janela da melhor forma que podia, pulava o muro e encontrava na esquina. De dia ela mal via os pais, mas na hora do jantar todos tinham que está á mesa, os pais, as quatro irmãs e o marido de Louise, as crianças nunca comiam com eles. Ah sim e muitas das vezes Ricardo estava ali também, o homem era noivo de , um noivo que ela não queria e que nunca quis. Mas seu pai teimava que ela iria se casar por bem ou por mal porque era esse o destino das mulheres daquela família. Meu Deus, em que século o cara acha que vive?! não queria nem ver quando chegasse a hora de Emily, a menina daria trabalho.
- Hey - A garota olhou para e sorriu levemente. O homem depositou um selinho terno em seus lábios e passou suavemente seu nariz no dela - Vem morar comigo? - Ele sussurrou.
- Você sabe que eu vou.
- Não, vem morar comigo agora, vem dividir meu chuveiro, minha cama, minha vida - Ela suspirou. Céus, como amava aquele homem!
acariciava o braço do amado com ternura, demorando-se sempre na tatuagem de uma rosa vermelha aberta em seu antebraço. O braço esquerdo de era completamente tatuado, mas a que mais amava, era aquela rosa que parecia sempre brilhar.
- Você sabe que tenho que enfrentar as feras, vou fazer isso assim que receber o resultado da prova.
- Por que eu não posso está com você quando for contar a eles?
- Porque eles não sabem que você existe e se souberem as coisas serão piores. Mas você pode me esperar no portão da frente.
- Será uma honra - Ela deu risada - Vamos embora?
- Ah - Soltou um muxoxo e fez bico fazendo com que risse.
- Você sabe que por mim ficaríamos aqui para sempre.
- Eu sei - Suspirou. Ela sabia que os dois precisavam ir.
Os dois se vestiram e passaram para o banco da frente, ligou o carro e logo deu a partida.
entrou de fininho pela porta dos fundos, passou pela cozinha com cuidado, sabia que o trabalho dos empregados só começavam as nove - já que seus pais não acordavam antes das dez e as meninas estavam de férias - mas qualquer barulho poderia chamar a atenção. Subiu as escadas e abriu a porta de seu quarto, a fechou e largou suas botas no canto. A garota deu a volta na cama e enfiou-se debaixo das cobertas aproximando-se de Emily e a abraçando por trás, depositou um beijo estalado na bochecha da irmã e a apertou.
- Sabia que você é a melhor irmã do mundo?
- Aght! - Tentou afastar a irmã sem sucesso - Essa é a pior parte de acobertar sua fuga, você sempre me acorda essa hora, isso deveria ser crime sabia, o sol nem está totalmente no céu!
- Eu só te acordo para ressaltar a irmã maravilhosa que você é.
- Eu sei que sou, agora da o fora porque você está fedendo a homem - gargalhou.
- Eu já senti cheiro de homem em você.
- De perfume de homem e não de sexo, eu sou pura - voltou a gargalhar.
- Certo pura, vou tomar banho, ate porque daqui a pouco a Laura entra aqui.
tomou um rápido banho vestindo uma roupa leve e voltou para debaixo das cobertas voltando a abraçar Emily enquanto ela resmungava. Cinco minutos depois Laura entrou no quarto de fininho, subiu na cama e foi abraçada por .
- Oi meu anjinho - A garotinha sorriu e ganhou um beijo na testa. arrumou a irmã nas cobertas e ficou abraçada com ela sorrindo por antecipação ao saber que Emily iria abraçá-la, a garota se fingia de durona, mas não vivia sem . As três pegaram no sono abraçadas como sempre faziam quando o sol ganhava o céu. As irmãs de eram suas cúmplices, Emily sempre a ajudou sem pestanejar, sempre foi sua confidente. Laura achava toda aquela coisa de namoro escondido perfeito, sempre suspirava com as histórias que contava para ela e sempre gostou de fazer parte daquele segredo.
- Maria - sussurrou para a empregada que fazia algo na cozinha.
- Ah meu Deus, lá vem você atormentar minha vida - A menina riu baixinho.
- Só quero saber onde está minhas guloseimas já que você vive mudando elas de lugar.
- Está dentro de uma caixa na despensa. Sua mãe ainda vai descobrir isso mocinha.
- Como se comer fosse crime - rolou os olhos.
- Você sabe que para ela doce é o pior inimigo de uma pessoa.
- Minha mãe é paranóica - A menina deu de ombros e seguiu para a despensa tirando suas coisas de dentro de uma caixa, voltou para a cozinha e preparou algas fatias de pão de forma repletas de Nutella, colocou em uma bandeja junto com alguns chocolates e pacotes de salgadinhos, pegou três latas de coca-cola no fundo da geladeira e seguiu com tudo para seu quarto onde suas irmãs ainda estavam.
- Meu Deus, eu te amo tanto! - Emily disse depois de dar uma grande mordida na fatia de pão.
- Como se eu não soubesse disso - sentou-se ao lado de Laura e ela deu play no filme que iriam assistir.
pegou o notebook que estava no criado mudo e o abriu para acessar suas redes sociais, viu algumas mensagens de ex colegas de escola e não deu bola, não levaria ninguém para a vida, nunca teve uma amiga de verdade enquanto estudava e nunca teria uma amiga da época de escola, a maioria era mesquinha e sem cérebro. Acessou seu e-mail vendo que tinha dois pendentes, seus olhos arregalaram-se quando ela percebeu quem era o remetente de um dos e-mails, o abriu e leu rapidamente custando a acreditar no que via.
- Ai carambola! - A garota gritou fazendo com que suas irmãs se assustassem.
- Qual é o seu problema?! – Emily colocou uma mão sobre o peito enquanto olhava indignada para a irmã.
- EU CONSEGUI EMY, CONSEGUI PASSAR, EU GANHEI A BOLSA PARA CURSAR JORNALISMO! - Sua irmã arregalou os olhos e depois sorriu radiante assim como Laura que já estava em cima da irmã.
- Eu sabia que você ia conseguir!
- E é agora que começa a terceira guerra mundial - suspirou e mordeu o lábio.
- Vou enfrentá-los, cansei de ser presa, de não ter voz, eles não vão me impedir de realizar meu sonho.
- Você sabe que o pior vai acontecer, não sabe?
- Eu estou pronta para tudo - Tentou soar confiante, apesar de ter medo, nada a impediria de ser feliz.
- Você vai contar hoje?
- Não, tenho que falar primeiro com o , ele vai me dar abrigo quando eu virar uma sem teto.
- Eu acho que nossos pais não vão chegar a fazer isso .
- Mesmo se eles não fizerem, já pensou o inferno que vai ser se eu continuar aqui? Prefiro ir embora mesmo se for para deixar tudo para trás - A menina olhou em volta.
Mais uma vez estava ali, pulando o muro para encontrar-se com seu amor, dessa vez estava fora do carro encostado na porta do motorista, a menina sorriu radiante quando ele abriu os braços e correu de encontro a ele. O homem a apertou enquanto respirava seu cheiro preferido, afastou o rosto um pouco do dela e sorriu, logo depois a beijou daquele jeito que deixava a menina de pernas bambas e coração disparado.
- Boa noite linda.
- Boa noite - Sorriu. afastou-se dela e abriu a porta do motorista.
- Hoje é você quem dirige - Ela abriu a boca e depois sorriu radiante, deu um selinho estalado no namorado e logo depois entrou no carro.
- Para onde a gente vai?
- Você decide - colocou o sinto e sorriu para ela.
- Hum, vamos comprar uma pizza primeiro, estou morrendo de fome.
- Não jantou?
- Não, inventei uma dor de barriga, o Ricardo estava no jantar - Ela viu a expressão de fechar.
- Ele tentou alguma coisa dessa vez?
- Tenha certeza que se ele tivesse tentado, ele estaria no hospital.
- Essa é minha garota – Sorriu orgulhoso.
observava a paisagem fascinada, a noite estava estrelada, o vento frio lhe trazia paz e o cheiro da natureza só contribuía naquela madrugada perfeita. Ela e estavam em um morro, haviam estacionado o carro ali e dali podiam ver a maior parte da cidade, haviam comido pizza e tomado coca-cola em cima do capô e agora estavam deitados ali, metade do corpo da garota estava sobre o corpo do homem que lhe afagava os cabelos e roubava-lhe beijos. A velha manta os protegia do frio.
- Fico tão feliz por você ter passado na prova.
- Eu então nem se fale.
- Quando vai ser sua mudança lá para casa? - riu levemente enquanto o olhava.
- Você está a fim mesmo de me ter lá não é?
- Você não sabe o quanto meu amor.
- E a sua liberdade? Como fica?
- Você é a minha liberdade - Ela sorriu com carinho fechando os olhos para sentir a carícia dele em sua bochecha.
- Você não vai se importar mesmo em me ter em sua casa?
- Nem um pouco, por mim eu te tenho lá para sempre.
- Você sabe que é o cara mais perfeito do mundo, não sabe?
- Já desconfiava - Ela riu e lhe beijou, o beijo durou o bastante para deixá-los animado.
- Posso te dizer uma coisa? - olhava atentamente para os olhos de , era engraçado como ele se sentia bem fitando-os, ele sentia uma sensação gostosa na barriga. Meu Deus, que feitiço foi aquele que aquela garota lançou sobre ele?!
- Claro que sim minha linda, você sempre pode dizer o que quiser.
- Eu amo você, amo você mais que tudo no mundo e amo nossas madrugadas onde tudo é perfeito para nós dois como se tivesse sido feito sob medida, nossos minutos sempre parecem eternos... eles sempre são eternos ao seu lado . Você é tudo para mim - O homem a olhava encantado. O que ele tinha feito mesmo para merecer uma coisa tão perfeita como aquela garota?
- Eu tenho uma divida eterna com Deus depois que ele te entregou em meus braços, esse cara só pode me amar muito - Ela riu. acariciou ternamente seus lábios enquanto olhava em seus olhos - Eu também amo você minha linda, você é tudo o que eu sempre quis - Ele a beijou ternamente massageando os lábios dela com ternura, tocando sua língua com gosto e mergulhando naquele prazer sem fim que era a boca de sua garota.
entrou em casa com todo cuidado como sempre fazia, passou pela cozinha e caminhou em direção á sala principal, carregava um sorriso bobo como sempre, não se importava jamais em passar as madrugas em claro se todas fossem ao lado de . Começou a subir as escadas, mas estacou ao ouvir uma voz.
- Onde você estava? - Olhou para trás e viu seu pai sentado em uma poltrona, não dava para ver seu rosto, a pouca luz que entrava pela fresta da cortina não permitia isso, mas dava para notar que ele tinha um charuto entre os dedos. Ela engoliu em seco e desceu os poucos degraus que havia subido.
- Eu estava no jardim.
- Vestida como se fosse sair?
- A madrugada é fria, eu não gosto de passar frio e eu também não vejo mal algum em ficar no jardim já que os seguranças estão por lá.
- Engraçado que eles nunca comentaram de ver você de madrugada no jardim e creio eu que você gosta de fazer isso bastante já que constantemente ouço passos no corredor assim que o dia está amanhecendo.
- Já pensou que essa casa pode ser assombrada?
- , não me teste. Onde você estava?
- No jardim, eu já disse.
- Sabe , os seguranças me disseram que todas as noites um impala 67 preto para sempre no mesmo lugar e que eles vêem uma garota muito parecida com você entrar no carro, sempre – A menina piscou e tentou conter o nervosismo.
- E o que te faz pensar que a garota seja eu?
- Eu não disse que ela era você.
- Mas pensou, porque se não, qual foi o motivo de você ter me falado isso?
- Eu só quero saber se você tem algo a dizer – abriu a boca e olhou atentamente para o homem que continuava sentado em sua frente, ele aparentava está muito calmo como sempre, ele sempre estava calmo porque tudo era do seu jeito, o mundo tinha que girar ao redor dele, suas regras eram leis e estava de saco cheio de tudo aquilo.
- Quer saber? Eu tenho algo a dizer, passei em jornalismo para a melhor universidade da cidade.
- Não sei por que você se orgulha tanto disso já que não vai fazer faculdade nenhuma, seu destino está mais do que traçado.
- E é ai que o senhor se engana, tenho dezoito anos, sou dona do meu próprio nariz, até aqui você ditou as regras, a partir de agora eu sou a responsável pelo rumo que minha vida toma.
- , não me teste – Ele levantou-se enquanto a encarava – Meça as consequências dos seus atos, porque...
- Eu já cansei de medir essas tal consequências, quer saber de uma coisa? Eu estou pouco me fodendo para elas, eu só quero viver sem ter que seguir suas malditas regras, suas malditas vontades e eu vou fazer isso custe o que custar! - Você abaixa esse tom! – O homem se exaltou.
- O que está acontecendo aqui? – olhou para trás e viu sua mãe descendo as escadas enquanto amarrava seu roupão, Louise estava logo atrás.
- resolveu que agora quer virar gente grande – O homem disse sarcástico – Foi aprovada para faculdade de jornalismo e pretende cursá-la.
- Ah querida, não seja tola.
- Sabe que eu não entendo vocês? Pelo amor de Deus, em que século vocês acham que estamos?! Quantos pais queriam ver seus filhos em uma boa faculdade e formados... vocês são doentes.
- Eu sempre soube que era a ovelha negra da família – A garota olhou para Louise e ergueu uma sobrancelha.
- Se ser a ovelha negra é querer ter um futuro digno e não ser nenhum pouco parecida com você ou com nossa mãe, eu aceito de boa vontade esse status. Você não passa de uma mulher vazia Louise, não ama seu marido, ele te trai e você mal sabe a data do aniversário de seus filhos, você definitivamente não é exemplo de nada.
- Já chega ! – A garota voltou a olhar para seu pai – Você não vai cursar porcaria de faculdade nenhuma e vai casar o mais rápido possível com Ricardo – A garota gargalhou e logo depois olhou duramente para seu pai.
- Eu quero ver quem é que vai me obrigar – Disse cada palavra vagarosamente enquanto o olhava desafiante – Eu vou mandar na minha própria vida nem que para isso eu vá embora daqui e nunca mais volte.
- E você pretende se sustentar como, sua garota estúpida? Sempre teve vida de rainha, nunca se preocupou com nada.
- Como eu vou me sustentar não diz respeito á vocês.
- Eu não tinha noção que havia criado alguém tão estúpida – olhou para a mãe.
- Criado? – A garota riu – E desde quando você me criou?! Você nunca trocou uma frauda se quer, nunca deu banho em nenhuma de suas filhas, nunca foi em reuniões escolares ou apresentações! Você não tem moral nenhuma para falar nada! Você não passa de uma pessoa fútil e vazia – não poderia prever o que aconteceria em seguida, a sala foi tomada por um grande barulho de tapa e a garota sentiu o lado esquerdo do rosto queimar.
- Você não é ninguém para me falar todas essas coisas, você não passa de uma garota idiota achando que pode ganhar o mundo, que pode ter tudo o que quer, ai vai a realidade para você garota... você não pode nada, você não é capaz de nada – A menina sentiu seus olhos arderem, de raiva, de dor, mas não daria o gostinho para aquelas pessoas de ver lágrimas em seu rosto.
- O que você diz não me importa em nada, eu não levo em consideração palavras de uma pessoa que é encostada no marido e nunca fez nada de produtivo na vida, você é uma desconhecida, eu não consigo vê-la como minha mãe.
- Pare com isso já! – sentiu seu pai segurar seu braço com força e arrastá-la em direção as escadas – Você vai ficar em seu quarto e não vai sair de lá até receber ordens.
- EU NÃO VOU! – Ela puxou seu braço com força e deu passos para trás – Você não tem direito nenhum sobre mim!
- Vamos ver se você continuará pensando dessa forma quando não entrar mais dinheiro nenhum na sua conta e não ter mais sua adorada mesada.
- Dane-se! Dane-se tudo, eu não ligo para o seu dinheiro, não ligo para a vida que vou levar fora dessa casa! Eu só ligo para a minha felicidade! – A garota caminhou apressadamente em direção a porta.
- se você passar por essa porta você esquece que tem família, esquece do lugar onde um dia morou e esquece do meu dinheiro porque você não vai ver nenhum centavo dele, nunca mais – Ouvindo a voz fria de seu pai, ela se virou e sentiu um sorriso sombrio formando-se em seus lábios.
- Tchau general, foi um adorável prazer conhecer você – E então ela saiu.
- Eu sou definitivamente uma sem teto – Essas foram as palavras que ouviu ao abrir a porta de sua casa, olhou para que tinha os olhos vermelhos e o rosto molhado e então puxou a namorada para seus braços.
- Você contou para eles?
- Sim e foi horrível, eu pretendia contar de noite, mas meu pai me pegou entrando em casa. Eu nem tive tempo de me despedir das minhas irmãs e não trouxe nada comigo – conduziu a garota até o sofá.
- Pelo menos você está livre para fazer o que bem entender – Ele enxugou o rosto da garota – E agora eu definitivamente te tenho só para mim – Ela sorriu vendo o sorriso radiante do namorado.
- Eu preciso falar com a Emy, pedir para ela tentar trazer algumas coisas para mim.
- Sim, mas faça isso depois, agora a senhorita precisa comer alguma coisa e descansar. Vai indo lá para o quarto, pode tomar um banho se quiser e pegar qualquer roupa minha, vou levar um sanduíche para você – A garota assentiu, deu um selinho demorado em e foi em direção ao quarto.
Depois de ter descansado o bastante, preparou macarrão e o comeu com um copo de suco, então foi para a sala e sentou-se no sofá, estava trabalhando e não estaria em casa até antes das cinco. Ela pegou seu celular e discou o numero da irmã sendo atendida no terceiro toque.
- Eu e Laura ouvimos toda a briga – Foram as primeiras palavras que Emily disse para a irmã.
- Desculpe não ter me despedido de vocês, se eu subisse com certeza não me deixariam sair de casa.
- Tudo bem.
- Eu preciso que você traga algumas coisas aqui, será que você consegue?
- Moleza.
- Pega algumas roupas, meus documentos e abra a última porta do meu closet e pegue no fundo uma caixa marrom, tem algum dinheiro ali.
- Certo, quer que eu faça tudo isso agora?
- Seria bom, antes que todos cheguem.
- Passa o endereço então – A menina escreveu o endereço em uma folha avulsa e logo depois desligou.
abriu o portão ao soar da campainha e sorriu quando Laura jogou-se em seus braços.
- Ela encheu meu saco para vim também – Emily rolou os olhos e entrou na casa sendo seguida por .
- Como você conseguiu passar com essa mala desse tamanho sem nenhum segurança barrar você?
- Maria fingiu que era dela, nós saímos pela saída dos empregados e um amigo meu estava me esperando com o carro.
- Você é maligna.
- Eu sei – A menina jogou-se no sofá – A propósito, você andou assaltando um banco ou algo do tipo? Você disse que na caixa teria algum dinheiro sendo que ela está lotada. Nunca vi tanta nota azul junta.
- Você é mesmo muito curiosa garota.
- Fica tanquila que eu não peguei nenhum centavo. Sabe achei essa sua história toda cheia de drama demais, quando chegar a minha vez eu simplesmente pegarei um avião para Londres e só enviarei noticias para nossos pais quando eu já estiver lá toda rica e poderosa – e Laura gargalharam - O general bloqueou sua conta e diz que não entrará mais dinheiro nenhum nela. Mal sabe ele que você tem uma poupança gorda em mãos.
- Eu vou abrir outra conta em um outro banco para depositar todo meu dinheiro nela.
- É bom mesmo, você não pode dar mole com esse dinheiro todo. Se você quiser eu passo o contato do meu gerente – ergueu uma sobrancelha enquanto olhava para a irmã – O que é? Pensa que é só você que junta dinheiro escondida? Eu só fui muito mais prática.
- Vou sentir tanta falta dessa sua maluquice.
- E você pensa que vai se livrar de mim fácil desse jeito? Você ainda vai ter que me aturar por muito tempo.
- Assim espero.
- Amanhã eu vou procurar um emprego.
- Por quê? – olhou para a namorada.
- Como assim por quê? Eu vou precisar trabalhar, ajudar você com a casa...
- Nada disso.
- eu não vou ser um peso para você.
- Quer parar de falar besteira, você não será um peso, só se você trabalhar. Nós mal vamos ter tempo um para o outro, se você trabalhar, você terá que cursar jornalismo á noite, vai sair cedo e só voltar para casa de noite, qual tempo teremos para nós? Fora que você também vai precisar de tempo para fazer seus trabalhos e estudar para as provas.
- Você tem razão. Mas como eu vou me manter?
- Eu te ajudo – A menina abriu a boca para falar algo, mas não permitiu – Você tem esse dinheiro ai que juntou e tenho certeza que durará um bom tempo, essa casa aqui é minha por isso temos que nos preocupar apenas com conta de luz, água, internet e compra do mês, não é muito.
- Tudo bem – Disse meio contrariada fazendo rir e lhe beijar.
As aulas de logo começaram e ela estava ainda mais apaixonada por jornalismo, seus professores eram ótimos, o conteúdo excelente e a garota fez alguns amigos. Na maioria dos dias estava lá quando as aulas da menina acabavam, encostado em seu Impala, com os braços cruzados e um sorriso de lado, a garota sentia vontade de bater nele e em todas aquelas garotas que o comiam com olhos. O homem ia buscá-la para os dois almoçarem juntos, as vezes eles iam em algum restaurante, outras vezes compravam algum fast-food ou iam para casa e faziam o almoço juntos, a garota conseguiu aprender bastante coisa e percebeu que sua comida até que era bastante comestível.
mordeu o lábio nervosa e olhou para o relógio. Estava tarde. Mais uma vez não chegava em casa na hora que tinha que chegar, já algum tempo ele vinha fazendo isso e dizia apenas que havia ficado preso no trabalho, ela relatou a situação para uma amiga e a mesma plantou a sementinha da duvida em sua cabeça. A garota não notou nada de diferente em , não sentiu qualquer outro cheiro de perfume que não fosse o dele, não viu nenhuma marca em seu corpo ou em roupas e ele não recebia ligações ou mensagens duvidosas e queria acreditar profundamente que não tinha outra. Ele não faria aquilo com ela, faria?
A porta se abriu e olhou para trás. carregava um gigantesco buquê de rosas vermelhas e alguma coisa em uma sacola, se aproximou da menina e ela o olhou atônita.
- Sei que você fica chateada quando eu chego tarde em casa, por isso trouxe isso para recompensar, bom, pelo menos eu espero que recompense – Ele estendeu o buquê e a sacola para a garota que os pegou, viu que dentro da sacola havia diversos chocolate e tentou conter um sorriso, olhou para o namorado, mas franziu o cenho quando viu sua mão enfaixada.
- O que foi isso?
- Só um cortezinho de nada.
- Deixe-me ver – A garota levantou-se e o homem lhe estendeu a mão. desenfaixou a mão dele com cuidado e arregalou os olhos.
- ! Você cortou a mão de um lado ao outro! – Fez careta enquanto olhava os pontos – Meu Deus, deve ter doido muito.
- Só um pouquinho.
- Como você conseguiu fazer isso?
- Mexendo no motor de um carro, como mecânico eu deveria já estar acostumado, mas me distrai. Desculpa não ter te avisado, meu celular descarregou e o Edu parecia um maricas, não tinha condições de ligar para você.
- Imagino o desespero dele, eu ficaria desesperada.
- Ele me proibiu de trabalhar até tirar os pontos – Revirou os olhos.
- E ele está mais que certo.
-Mas amor, eu estou trabalhando na restauração de um carro importante.
- O carro pode esperar, seu bem estar não. Agora vem, você precisa tomar um banho – viu pouco a pouco um sorriso malicioso tomar conta da expressão do amado.
- Você vai me dar banho, é?
- Claro, eu tenho que cuidar de você – O sorriso dele persistiu enquanto ele a abraçava pela cintura.
- Eu sei uma forma muito boa de você cuidar de mim.
- ! – O homem gargalhou.
- Eu te amo mais que tudo no mundo meu amor – Ela sorriu ternamente para ele e suspirou.
Meu Deus, ele a amava mais que tudo no mundo... ela precisaria de mais o que para ser feliz?
- Então... que tal sexo no banho?
Fim.
Nota da autora: Eu já havia postado essa fanfic aqui, mas resolvi tirar porque não estava interativa e também porque precisava de algumas mudanças. Espero que vocês gostem. PS.: Amo essa música, Capital Inicial é tudo de bom!!!
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